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A especialista em armas

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Especialista em armas,rockeira e muito,mas muito anti-social

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Sofá, pizza e Friends...


~Sierra narrando ON~ 
A presença de Sam era boa. Como a presença de um primo ou irmão mais velho deveria ser. Tirando o fato de que ele era realmente lindo e não era da minha família...
- Bob pegou no sono. - ele disse vindo em direção ao sofá. 
- Sobra mais pra gente. - disse e rimos.
Estávamos sentados no sofá, comendo pizza e assistindo Friends. E parecia uma noite de pessoas normais, o que era extremamente raro na minha vida.
- Ai, acho que vou estourar! - falei me escorando nas almofadas.
- Claro! Eu nunca tinha visto uma mulher que come tanto que nem você! - Sam disse divertido.
- Ah, até parece que você não comeu um monte também! - me defendi rindo.
- É, mas olha meu tamanho! Eu preciso ter bastante energia pra aguentar. - ele falou esfregando a barriga.
- Ahhhh sai daí! Isso é desculpa de gente gorda! - brinquei e nós gargalhamos.
Ouvi barulhos na porta da entrada e Dean apareceu depois de alguns segundos. Sam e eu continuávamos a rir.
- Bom, eu pensei que era pra vocês estarem trabalhando! - ele disse, com cara desconfiada. Bufei.
- Trabalhamos por nove horas sem parar, enquanto você estava na rua, se embebedando. - falei sem olhar pra ele, ainda com vergonha.
- Não estava bebendo. - Dean disse.
- Claro, e o cheiro de cerveja só te seguiu até aqui. - falei, Sam riu. Dean olhou pra ele.
- Cade o Bobby? - perguntou Dean.
- Dormindo. - Sam e eu respondemos juntos.
- Normal. - Dean disse, indo em direção a mesa de estudos.
- Não meche aí. - avisei. Ele me olhou, me ignorando e pegando meu caderno de anotações. Rolei os olhos.
- Algum avanço? - perguntou com arrogância.
- Não é fácil, querido. - falei ironicamente, ainda sem olha-lo.
- Mas você supostamente é a especialista em armas. - ele disse como se fosse óbvio, e sentou na poltrona.
- Armas normais. E não as que matam demônios. - disse.
- Então sua vinda é totalmente inútil. - Dean disse, bruscamente.
- Dean, dá um tempo. - Sam disse bravo, sem dar tempo para que eu respondesse.
- Ok, não falarei mais da sua amiguinha. - falou Dean, como se eu não estivesse presente. 
- Tem razão, Sam. - falei olhando para o Sam. - Seu irmão só não é um completo idiota, quando não pode falar. 
Levantei e saí da sala quase correndo. Meu sangue fervendo de tanta raiva. 
Qual é a daquele bêbado idiota? Fica o dia todo fora, enchendo a cara. E volta exigindo resultados de uma pesquisa de que ele nem sequer mexeu uma palha pra botar pra frente. 
Se acha o maioral, o inteligente. Maldita hora que eu aceitei ajudar o Bobby.
~Sierra narrando OFF~
~Dean narrando ON~ 
Cheguei em casa morto de fome. Mas o que encontrei me fez perder a fome por alguma razão que eu não sei.
Sierra e Sam estava esparramados pelo sofá, comendo pizza e assistindo Friends. Como duas pessoas normais. Coisa que eles não chegam nem perto de ser. 
- Qual é o seu problema? - Sam perguntou irritado, assim que ela saiu da sala.
- Porque você tá defendendo tanto? Tá afim dela né? - falei e ri.
- Cala a boca Dean. Você não pode falar que ela não está ajudando em nada. - ele disse levantando e indo até a mesa.
- Porque? - perguntei já sabendo a resposta.
- Porque você passou o dia fora. Não ajudou em nada. Enquanto ela cruzou metade do país, só pra ajudar a gente. - Sam disse, cada vez mais irritado.
- Pra ajudar o Bobby, não a gente. - falei.
- É impossível falar como você, Dean. - Sam gritou isso e saiu pra rua pisando firme.
Fiquei vegetando na sala, até Bobby aparecer lá.
- Porque fui acordado com os suaves gritos do seu irmão? - ele perguntou.
- Ele ficou um pouco irritado, depois que eu falei algumas coisas pra nova amiguinha dele. - falei levantando e deitando no sofá.
- Sierra? O que você disse? - ele perguntou.
- Nem me lembro mais. - menti.
- Aham, sei. - ele disse. 
- Não importa. - insisti.
- Que seja. Só vê se não vomita no meu sofá, bêbado. - ele disse voltando ao seu quarto.
- Olha quem falando. - falei e depois de alguns segundos, apaguei.
~Dean narrando OFF~ 
~Sierra narrando ON~ 
Peguei meu carro e dirigi o mais longe possível daquele idiota. Coloquei o celular no modo silencioso, pois Sam e Bobby me ligavam de cinco em cinco minutos.
Acabei pegando no sono no carro mesmo. Acordei com o sol ofuscante nos meus olhos. Olhei a hora no celular: 08:29. Na mesma hora em que Bobby me ligava. Resolvi atender.
- Você é maluca? - ele perguntou com raiva.
- Não, só estava com raiva. E ainda estou, pra falar a verdade. - disse pensativa.
- Venha pra cá agora, temos notícias. - e desligou o telefone na minha cara.
- Claro, educação pra que, né Bob? - falei baixo, enquanto colocava o carro na estrada.
Fui o mais rápido que pude. Cheguei e entrei correndo na casa de Bobby. E dei de cara com os três na sala, me esperando.
- Se eu fosse seu pai, eu te bateria agora! - Bobby disse assim que me viu. 
- Graças a Deus não é, então! - falei debochando.
- Mas isso não me impede de ficar preocupado com você! - ele falou alterando a voz.
- Verdade, ele quase acabou com o estoque de Whisky. - Dean comentou, recebendo olhares furiosos de mim e de Bobby. 
- O que vocês descobriram? - perguntei e olhei pro Sam.
- Com os avanços que a gente fez ontem, por mais que pouco... - ele olhou feio pro Dean nessa parte. - Fiz algumas ligações, e nós temos duas amigas que conhecem um bruxo que talvez possa nos explicar alguma coisa. 
- É, só que o problema é que o cara se esconde. - completou Dean.
- Que amigas? - perguntei a Sam.
- Jo e Helen. - ele respondeu.
- Harvelle? - olhei para o Bobby.
- Sim. Você as conhece? - Sam perguntou.
- Só de nome. - respondi. - Então, elas vão poder nos dizer onde está esse bruxo?
- Não é tão fácil. Sam está indo pra lá agora, pra ver o que elas podem fazer pela gente. Se elas sabem mesmo onde ele está. Eu não quis falar muito por telefone. - Bobby disse.
- Vou junto. - falei.
- Não, você vai ficar aqui estudando a Colt. Sam vai sozinho. - Bobby disse. Revirei os olhos, pois odiava receber ordens. 
- Ok, papai. - falei bufando, sentei na cadeira da mesa de estudo. 
Sam saiu logo depois, no carro de Bobby. Dean ficou olhando TV, enquanto Bob e eu trabalhávamos. Depois de quase duas horas, meu celular tocou.
- Paul McCartney e Michael Jackson? - Dean perguntou incrédulo.
- O que? Essa é música é muito boa. - falei fazendo careta. Atendi.
- Sierra? - reconheci a voz de Jenny, uma amiga.
- Jenny, algo errado? - perguntei estranhando a ligação.
- Comigo não. Mas acredito que tenha algo estranho aqui na cidade. - ela falou sem jeito.
- Algo estranho? Tipo, o meu estranho? - perguntei. Ela riu.
- Sim, o seu tipo de estranho. Pessoas estão morrendo. - ela falou séria.
- Alguma ligação entre as pessoas? - perguntei levantando e indo até a janela.
- São da mesma família... Não sei se isso ajuda. - ela disse sem jeito. 
- Ajuda muito. Estou indo pra aí agora, relaxa. - nos despedimos e sai sem falar nada com ninguém.
Corri até meu carro, mas algo chamou minha atenção. O pneu direito traseiro estava muito murcho. 
- Droga. - voltei até a casa correndo. Abri a porta e gritei. - WINCHESTER! 
   Mas quem me respondeu foi Bobby.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A nova amizade.


~Sierra narrando ON~
- Vocês vão ficar parados ai, me olhando trabalhar? - falei depois de cinco horas. 
- Você tem razão! Não vou ficar olhando você trabalhar. - Dean disse sorrindo, pegou a chave do carro na mesinha de centro e saiu pela porta. Sam suspirou, pegou uma cadeira e sentou na minha frente. 
- Ele é sempre tão idiota assim? - perguntei. 
- Só quando não está dormindo. - Sam disse. Eu ri. 
- Então garotinhas, eu vou dar uma pesquisada nos trabalhos que temos por ai. Por favor, tentem não se matar. Não terei onde enterra-los depois. - Bobby falou, pegou o notebook e saiu.
Tentei disfarçar o constrangimento de ficar sozinha com Sam, depois do episódio da toalha e também pelo o fato de não conhece-lo direito. 
- Tinha seu número de telefone no diário do meu pai. - ele disse, depois de alguns minutos. 
- Imagino que sim, nossos pais eram amigos... - falei, pegando meu caderno de anotações. 
- Eu sei, Bobby nos contou algumas histórias de quando os três caçavam juntos. - Sam falou, sem jeito. Eu sorri.
- Algumas vezes, eu me escondia no banco de trás, pra poder ir junto. - comentei, Sam riu.
- Eles nunca pegavam você? - ele perguntou.
- Todas as vezes. - nós rimos. - Meu pai me mandava ficar no carro, mas eu não aguentava e ia atras deles. Nunca consegui obedecer. - falei.
- E ele te xingava? - perguntou novamente, me olhando com uma cara divertida.
- Sim, mas acho que no fundo ele tinha orgulho de que eu insistisse em participar. - falei. Sam desviou o olhar.
- Sinto muito pelo seu pai... - ele disse.
- Sinto muito pelo o seu também. John ajudou a cuidar de mim quando meu pai morreu. - comentei.
- É, estranho a gente ter se conhecido só agora... - ele disse. Disfarcei.
- É... estranho mesmo. - e logo depois mudei de assunto. 
~Sierra narrando OFF~ 
~Sam narrando ON~ 
Não sei o que aconteceu comigo. Depois da Jess, nunca havia sentido algo parecido com isso. A menina chegou hoje, e já me fez sentir estranho. 
Primeiro Bobby a encheu de elogios. Disse que ela era uma das pessoas mais inteligentes que ele conhecia. E vindo do Bobby, isso quer dizer muito. 
Quando ela chegou, me surpreendi com o jeito dela. Com a coragem, eficacia e naturalidade que enfrentou as suspeitas do meu irmão.
O jeito de como ela ficou envergonhada com o fato de aparecer só de toalha de banho na frente da gente. Claro, como sempre, Dean demonstrou sua insensibilidade. 
E o fato que me deixa mais intrigado, é que eu não consigo parar de lembrar dela lá, parada na porta da sala do Bobby, só de toalha...
No silêncio da sala, eu não conseguia me concentrar com esses pensamentos na minha mente. Ainda mais com ela, aqui na minha frente. Tão focada no estudo da Colt, nem se quer imaginando o que se passa na minha cabeça.
- Acho que desconfio de algo... - ela murmurou fazendo com que eu acordasse dos meus devaneios.
- O que? - perguntei confuso.
- Desconfio do que o Sammuel Colt colocou na arma. Mas se for isso mesmo, estamos ferrados. - ela disse a ultima parte olhando pra mim com um sorriso debochado.
- O que você acha? Magia? - chutei.
- Provávelmente. Mas é só uma hipotese. Vamos rezar pra que seja uma coisa mais simples e fácil de repetir. - disse. Eu ri fraco.
- É tão ruim assim? - perguntei fechando um livro e pegando um outro. 
- Depende. Mas mesmo assim, cara. Eu odeio bruxaria. - ela disse com cara de nojo.
- Experiencias ruins? - perguntei fazendo ela rir.
- Péssimas. - falou num tom que deixa claro que não queria tocar no assunto.
- Tá com fome? - mudei de assunto rapidamente. 
- Morrendo. - ela disse se espreguiçando.
- Vou ligar pra algum lugar. Que comida você quer? 
- Pizza. Qualquer sabor, tamanho família. - ela disse. Arregalei os olhos, e ela gargalhou.
~Sam narrando OFF~ 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A Caveira.


~Sierra narrando ON~
- Malucos! E o Bobby ainda me coloca nessa. - resmunguei comigo mesma enquanto tomava banho. 
Lavei o cabelo e sai do box procurando a toalha. Foi quando eu percebi a merda que tinha feito. Tinha esquecido a mochila com as minhas roupas na sala. 
Me enrolei na toalha e entre abri a porta e gritei por Bobby. Silêncio.
- Bobby, o que você tá fazendo que não tá me ouvindo seu velho surdo!?? - gritei. 
Droga, não me restava outra escolha. Agora é só rezar pra não encontrar nenhum deles no caminho.
- Tarde demais! - falei quando cheguei a porta da sala.
~Sierra narrando OFF~ 
~Dean narrando ON~
- O que o Bobby estava pensando? Ela é quase uma criança, Sam. - falei enquanto olhava o carro dela pela janela.
- Ela só é alguns anos mais nova do que eu Dean, não sei porque você está tão incomodado! - Sam defendeu-a. Rolei os olhos.
- Um Porsche! E ainda por cima cinza? Tá de sacanagem... - resmunguei colocando gelo no copo.
Ouvi um barulho na porta e olhei naquela direção.
- Tarde demais! - Sierra disse.
Interrompi o gesto que levava o copo até a boca quando percebi que ela estava enrolada na toalha de banho.
- Esqueci minhas roupas aqui. - ela falou ficando vermelha, apontando pra mochila largada ao lado do sofá que Sam estava sentado.
Sammy correu para entregar a mochila pra ela, e virou de costas. Demorei pra entender o porque de ele ter feito aquilo. Meu cerebro esta trabalhando lentamente. Sam não queria constrange-la mais ainda. Sem conseguir me conter, meus olhos percorreram todo o corpo dela. Parei o olhar na coxa direita, onde ela tinha uma caveira tatuada. Sorri com aquilo, mas não consegui falar instantaneamente.
- Fecha a boca, Winchester. - ela falou pra mim, e virou as costas, ainda muito vermelha. 
- Bela tatuagem. - consegui, enfim, dizer. Ela parou, olhou pra tras com um olhar de que queria me matar. E depois saiu sem dizer nada. 
- "Ela é quase uma criança, Sam." - Sam imitou minha voz, enquanto caminhava até o sofá.
- Ah, cala a boca. - falei. 
- Você estava babando, cara. - Sam disse.
- E o cavalheiro virou de costas. Qual é. - zombei.
- Desculpa, se eu demonstro respeito, Dean. 
- Você é gay, isso sim. - disse e ri.
~Dean narrando OFF~ 
~Sierra narrando ON~
Se eu sou uma burra? Sim. Uma idiota? Com certeza. Aparecer de toalha de banho, na frente de dois homens? Só a idiota aqui mesmo. 
E ainda ter que aturar aquele olhar de velho tarado daquele idiota. E ainda comentou da minha tatuagem. Argh! Porque ele não podia ter feito que nem o irmão e virado de costas? Seria um gesto mais amigável do que ficar me olhando com aquela cara de idiota.
Em pensar de que estava começando a achar que ele talvez fosse legal. Ah, mas eu não me engano mais. 
Tomei um banho frio pra me acalmar, e depois de uma hora saí do banheiro. Respirei fundo e fui até a sala. 
- Pensei que tinha se afogado. - Bobby comentou assim que me viu.
- Infelizmente, não. - murmurei. Sem olhar pra nenhum dos três, caminhei até a mesa, onde já havia colocado o material para começar a estudar a Colt. Sentei e comecei o trabalho. 

O Encontro.


Um estava sentando a mesa de estudos com um livro muito grosso aberto. Parecia inteiramente concentrado na pesquisa.
Já o outro, estava parado a janela, observando o horizonte, com um copo de wisky na mão direita. A gola de sua jaqueta estava pra cima, o que me fez rolar os olhos sem paciência. Porque eu sabia, de que aquele era o mais velho dos filhos de John.
- Então imbecis, está é Sierra Walker. Nossa ajuda extra. - Bobby disse, atraindo a atenção dos dois.
Me senti numa jaula, onde eu era um ET em estudo. Eles me olharam de cima a baixo.
- Tem certeza? - perguntou o cara perto da janela.
- O que? Acha que sou um demônio? - ri. Ele levantou uma sombrancelha. Respirei fundo. - Ok, então vá em frente e prove. - falei.
Ele pegou um frasco metálico em cima da estante e ofereceu para mim beber. Aguá benta, obvio. Tomei todo o frasco, e nada me aconteceu. Mas o Winchester não estava satisfeito. Pegou uma faca de prata.
- Dean.. - Bobby disse. 
- Tudo bem, Bob. Ele está certo. - falei e caminhei em direção a ele. Peguei a faca e abri um pequeno corte no meu antebraço. Ele respirou aliviado e me entregou um curativo.
- Tempos dificeis, não é? - falei.
- Desculpe, mas é necessário verificar. - disse o que estava atras da mesa. 
- Relaxa. - resmunguei, me jogando no sofa.
- Eu sou o Sam, esse é meu irmão Dean. - ele disse, dando a volta na mesa e sentando numa cadeira em frente a mim.
- O que estava caçando? - Bobby perguntou.
- Vampiros. Em Los Angeles. Parece piada, quer dizer, vampiros reais em Hollywood. - disse. Sam sorriu.
- Conseguiu resolver? - Dean perguntou, sentando ao lado do irmão.
- Não. Passei o caso pra um amigo. Bobby disse que era urgente, então... aqui estou. 
- Ok, vamos te colocar a par dos assuntos. - disse Bobby.
- É, mas enquanto isso, voces tem comida aqui? Ultima vez que estivesse de estomago cheio, foi quando eu sai de uma lanchonete suja perto de Nevada. - reclamei, Bobby bufou e saiu em direção a cozinha. 


- Então o problema é: Vocês três querem que eu estude a arma e as balas de Sammuel Colt, para descobrir como ele fez, para poderem fabricar mais? Vocês tem noção do quão perigoso isso é? - perguntei pasma, depois de ter comido um lanche enquando eles me contavam o que estava acontecendo.
- Sim, Bob disse que você é a única pessoa que ele conhece qualificada para isso. - Sam disse. Olhei pra Bobby de boca aberta e ele assentiu.
- Olha, eu gosto de armas. Estudo elas, mas, eu não sou uma bruxa. Deve ter magia nessa arma, ou sei lá o que. - falei com a Colt na mão.
- Por isso, se for preciso de magia, iremos até o bruxo ou bruxa mais próximo e o sequestramos para fazer o serviço. - Dean comentou. 
- Trabalho escravo, maravilha. - zombei.

Viagem.


Aqui estava eu, dirigindo a quase dois dias, durmindo três horas por noite em acostamentos de estradas para poder chegar a tempo em Dakota do Sul.
Com a velocidade de que estava dirigindo, era uma novidade de que policias rodoviarios ainda não tivessem aparecido para me atrasarem mais ainda.
O motivo da pressa? 
Bem, eu estava caçando um bando de vampiros idiotas, que estavam matando celebridades em Los Angeles, até receber um telefonema do meu "tio". 
Ele precisava de ajuda, para conseguir matar um demônio que tem olhos amarelos. Bom, pelo menos foi isso que eu entendi. 
Eu queria terminar o caso dos estúpidos vampiros na Cidade da Fama. Mas Bobby Singer tinha pressa. Disse que ele e os Winchester estavam trabalhando nisso à muito tempo, e que precisavam de mais alguém para ajudar. 
E esse alguém, infelizmente, era eu. Porque do "infelizmente"? É que, bom, os Winchesters tem uma certa fama. 
Conheci somente John Winchester. Ele era um bom amigo do meu pai. Ele, Bobby e John caçavam juntos nos velhos tempos. Foi John que estava com meu pai quando ele... Bem, quando tudo aconteceu. 
O motivo de eu conhecer apenas John, é devido ao fato de que eu prefiro trabalhar sozinha. Se eu fizer alguma bobagem, tenho somente a mim mesma para cobrar isso de mim e limpar a bagunça. 
Não sou uma caçadora muito... Sociável. Muitos dos meus colegas sabem que eu estou caçando, mas nunca me viram. E sinceramente? Eu prefiro assim.
Escuto histórias dos irmãos Winchesters de alguns caçadores que eu converso, alguns demônios que eu acabo mandando de volta ao inferno, e é claro, meu querido e bebado tio, Bobby Singer.
Bobby nunca teve filhos, não gosta de falar muito sobre o seu passado, e me chama de idiota sempre que eu apareço a sua porta. Mas agora, ele é o mais perto que eu tenho de um pai ou de uma família. Acredito que ele pense o mesmo sobre mim.
Está aí as únicas coisas que os Winchesters e eu temos em comum. Bobby e a caçada. 
Pensei que nunca teria que conhece-los, e estava satisfeita com esse pensamento. Mas parece que o negócio é de vida ou morte, caso contrário, Bobby nunca me chamaria com tanta pressa.
- Onde você tá, garota? - Bobby resmungou assim que atendi o telefone.
- Estou entrando em Dakota do Sul, chego ai em meia hora. - desliguei e toquei o celular no banco do lado.
        Eram oito da manhã, e eu não comia desde que passei por Nevada. Era verão, então o sol já estava fazendo do meu carro uma estufa.
Cheguei no Ferro Velho Singer e estacionei o Porsche cinza do lado de um Impala em perfeito estado. Peguei a mochila e caminhei até a varanda. 
Faziam quase dois anos desde da última vez que eu estivera ali, e o lugar continuava exatamente o mesmo. Antes que eu pudesse bater na porta, Bobby saiu de lá sorrindo largamente.
- Ah sua desnaturada! Quanto tempo! - ele disse me esmagando numa tentativa de abraço.
- Ei velhote, também estou feliz por ver você! Agora, deixe-me respirar por favor! - falei e ele riu me soltando.
- Bonito carro, popstar! - ele zuou voltando dentro da casa. Bufei.
- Cruzei metade dos Estados Unidos em dois dias, claro, devo estar cheia de multas por causa dos guardas eletrônicos, mas tanto faz. - ele riu fraco indo em direção a sala.
- Vem, vou te apresentar aos meninos. - falou e parou na soleira da porta e puxou meu braço.
- Ah, ótimo. - resmunguei baixo. Olhei ao redor da sala, e vi dois homens, um pouco maiores que eu. Ok, bem maiores do que eu.