Aqui estava eu, dirigindo a quase dois dias, durmindo três horas por noite em acostamentos de estradas para poder chegar a tempo em Dakota do Sul.
Com a velocidade de que estava dirigindo, era uma novidade de que policias rodoviarios ainda não tivessem aparecido para me atrasarem mais ainda.
O motivo da pressa?
Bem, eu estava caçando um bando de vampiros idiotas, que estavam matando celebridades em Los Angeles, até receber um telefonema do meu "tio".
Ele precisava de ajuda, para conseguir matar um demônio que tem olhos amarelos. Bom, pelo menos foi isso que eu entendi.
Eu queria terminar o caso dos estúpidos vampiros na Cidade da Fama. Mas Bobby Singer tinha pressa. Disse que ele e os Winchester estavam trabalhando nisso à muito tempo, e que precisavam de mais alguém para ajudar.
E esse alguém, infelizmente, era eu. Porque do "infelizmente"? É que, bom, os Winchesters tem uma certa fama.
Conheci somente John Winchester. Ele era um bom amigo do meu pai. Ele, Bobby e John caçavam juntos nos velhos tempos. Foi John que estava com meu pai quando ele... Bem, quando tudo aconteceu.
O motivo de eu conhecer apenas John, é devido ao fato de que eu prefiro trabalhar sozinha. Se eu fizer alguma bobagem, tenho somente a mim mesma para cobrar isso de mim e limpar a bagunça.
Não sou uma caçadora muito... Sociável. Muitos dos meus colegas sabem que eu estou caçando, mas nunca me viram. E sinceramente? Eu prefiro assim.
Escuto histórias dos irmãos Winchesters de alguns caçadores que eu converso, alguns demônios que eu acabo mandando de volta ao inferno, e é claro, meu querido e bebado tio, Bobby Singer.
Bobby nunca teve filhos, não gosta de falar muito sobre o seu passado, e me chama de idiota sempre que eu apareço a sua porta. Mas agora, ele é o mais perto que eu tenho de um pai ou de uma família. Acredito que ele pense o mesmo sobre mim.
Está aí as únicas coisas que os Winchesters e eu temos em comum. Bobby e a caçada.
Pensei que nunca teria que conhece-los, e estava satisfeita com esse pensamento. Mas parece que o negócio é de vida ou morte, caso contrário, Bobby nunca me chamaria com tanta pressa.
- Onde você tá, garota? - Bobby resmungou assim que atendi o telefone.
- Estou entrando em Dakota do Sul, chego ai em meia hora. - desliguei e toquei o celular no banco do lado.
Eram oito da manhã, e eu não comia desde que passei por Nevada. Era verão, então o sol já estava fazendo do meu carro uma estufa.
Cheguei no Ferro Velho Singer e estacionei o Porsche cinza do lado de um Impala em perfeito estado. Peguei a mochila e caminhei até a varanda.
Faziam quase dois anos desde da última vez que eu estivera ali, e o lugar continuava exatamente o mesmo. Antes que eu pudesse bater na porta, Bobby saiu de lá sorrindo largamente.
- Ah sua desnaturada! Quanto tempo! - ele disse me esmagando numa tentativa de abraço.
- Ei velhote, também estou feliz por ver você! Agora, deixe-me respirar por favor! - falei e ele riu me soltando.
- Bonito carro, popstar! - ele zuou voltando dentro da casa. Bufei.
- Cruzei metade dos Estados Unidos em dois dias, claro, devo estar cheia de multas por causa dos guardas eletrônicos, mas tanto faz. - ele riu fraco indo em direção a sala.
- Vem, vou te apresentar aos meninos. - falou e parou na soleira da porta e puxou meu braço.
- Ah, ótimo. - resmunguei baixo. Olhei ao redor da sala, e vi dois homens, um pouco maiores que eu. Ok, bem maiores do que eu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário