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A especialista em armas

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Especialista em armas,rockeira e muito,mas muito anti-social

quarta-feira, 4 de abril de 2012

De repende tudo fica claro como o Sol...


~Sierra narrando ON~ 
Fingimos ser policiais para podermos falar com o Dr. Clark. Ele demonstrou ser uma boa pessoa, e estar bastante abalado com a morte dos primos. 
Dean e eu decidirmos ir para casa e voltar somente no próximo dia, quando possivelmente seria o próximo ataque.
Demoramos quarenta minutos, mais tempo do que gastamos na ida, porque eu obriguei Dean a parar numa lanchonete, pois eu estava morta de fome. 
Ignorei os protestos de Dean, contra comer dentro do seu precioso carro. 
- Sua sorte de que eu não sou um porco quando estou comendo. - falei com boca cheia.
- Sério? É o que então? - ele disse, bravo.
Chegamos em casa e vimos o que possivelmente seria o carro de Jo e Helen. Dean abriu a porta e quase fechou na minha cara.
- Cavalheirismo sempre. - ele comentou rindo.
- Nem nos seus sonhos. - falei, empurrando ele e indo até a sala.
- Chegamos. - falei dando de cara com duas loiras.
- Demoraram. - Bobby comentou sem tirar os olhos do livro.
- A gorda aqui, me obrigou a parar de meia em meia hora em alguma lanchonete. - mentiu Dean. 
- Não mente. Foi a sua lata velha que atrasou a gente. - provoquei. Jo e Helen me cumprimentaram. Jo me encarava num certo tom de desafio. Sorri ironicamente na direção dela. 
Helen estava começando a falar quando meu celular começou a tocar. 
- Troca de toque desse celular. - Dean falou indignado. 
- Ah, cala a boca. - falei, virando as costas para atender a ligação.
- Alô! - falei. 
- Alô, Sierra Walker? - alguma coisa naquela voz me deu arrepios. 
- E-Eu mesma. - gaguejei. 
- Meu nome é Joseph Cantara, e sei que vocês estão me procurando. - ele disse, fui até Bobby e entreguei o telefone pra ele sem dizer nada. Eu estava pasma. 
- Você está bem, Sierra? - Sam disse, se aproximando de mim. Confirmei com a cabeça.
- Quem é no telefone? - Jo perguntou, olhando Bobby se afastar de nós.
- Joseph Cantara. - falei, com a boca seca. 
- O bruxo? - perguntou Dean. Confirmei. 
- Eu avisei de que ele saberia que estávamos procurando por ele antes mesmo de começar. - Helen disse, apreensiva. Bobby voltou sorrindo.
- Bom, parece que esse cara é um bruxo do bem. - ele disse, me olhando de relance. 
- Ah, sem essa. - murmurei.
- O que ele queria? - Dean perguntou.
- Ele nos deu o endereço dele. Disse que pode e quer nos ajudar. - Bobby disse simplismente. 
- Era ele mesmo? - Sam desconfiou. 
- Acredite, ele disse coisas sobre mim, que só um médium saberia mesmo. - Bobby explicou.
- Mas ele quer nos ajudar assim, sem mais nem menos? - Dean perguntou.
- Parece que sim. - Bobby disse, suspirando sem paciência.
- E desde quando alguém decide nos ajudar por nada? - Dean falou. 
- Ei. - protestei na hora. Dean me olhou com cara feia. 
- Dean, vocês precisam do máximo de ajuda que vier. - Helen disse.
- E como ele vai nos ajudar? - Sam perguntou a Bobby. 
- Ele me informou mais ou menos onde ele está escondido. Vai nos informar mais quando chegarmos mais perto. - Bobby disse, se servindo de uma dose de wisky.
- Nos informar? Quer dizer que vamos ter que ir até ele? - perguntei.
- É claro que sim, ou você quer que ele venha aqui e faça o trabalho todo? - Bobby me xingou.
- Vão vocês. - falei.
- Não, você deve superar isso. E você tem que estar presente porque você é a especialista em armas aqui. - ele disse alterando a voz. Decidi não discutir. 
Vi pelo canto de olho, que quando Bobby mencionou "especialista em armas", Jo revirou os olhos. Ignorei. 
- Quando nós vamos? - Sam perguntou. 
- Marquei daqui a dois dias. - Bobby disse, me olhando.
Entendi o que ele queria me dizer. Eu tinha dois dia para me preparar psicologicamente. 
Logo depois disso, Jo e Helen resolveram ficar até o dia em que iriamos atrás do tal bruxo. Resolvi recomeçar os estudos da Colt, Sam e Bobby me acompanharam. Dean ficou com o estudo de diários de alguns ex-caçadores, para ver se alguém tinha escrito alguma coisa útil. 
Helen e Jo depois de se instalarem em um dos dois quartos para hospedes de Bobby, resolveram fazer algo para comermos. Depois de alguns minutos, fui a cozinha buscar uma garrafa d'água na geladeira. Cheguei lá e Helen estava cortando legumes e sorriu pra mim. Respondi o sorriso e abri a geladeira.
- Sinto muito pelo seu pai. - Helen disse, um pouco sem jeito.
- Ah, relaxa. - falei. 
- Você se parece bastante com seus pais. - ela disse, eu sorri.
- É, eu sei. - disse fechando a geladeira. - Sinto muito pelo seu marido também. 
Jo riu sarcasticamente. Helen olhou feio na direção dela, que estava no fogão, mexendo em uma panela. Virei as costas, e comecei a ir em direção a sala, quando Helen me chamou.
- Se eu fosse você, não me envolveria tanto com esse caso. - ela falou. 
- Como assim? - perguntei desconfiada. 
- Porque nós sempre perdemos alguém quando nos metemos nessa obsessão dos Winchesters com esse demônio. Você deve saber disso mais do que qualquer outra pessoa. - ela disse como se eu soubesse de algo muito óbvio. 
- O que você quer dizer com isso? - perguntei confusa. Jo parou de mexer nas panelas, virou pra mim e riu.
- Você sabe do que estamos falando. - Jo disse de um jeito que não gostei. 
Sai da cozinha sem dizer mais nada. Os segundos que demorei para voltar até a sala, pareceram uma eternidade. Minha cabeça trabalhava como um furacão, ligando os pontos e falhas que naquela época, ficaram totalmente confusos pra mim. 
Num milésimo de segundo, tudo ficou claro para mim. Eu vinha acreditando numa mentira, me culpando pela morte do meu pai por todos esses anos. 
Uma onda de fúria começou a ferver meu sangue. Eu sentia meu corpo ficar quente de raiva, assim que me aproximava da mesa em que Bobby estava em profundo estado de concentração. 
Empurrei Sam pro lado, tirando-o do meu caminho. Bati as mãos com força na mesa.
- Porque você escondeu isso de mim? - gritei para o Bobby.
- Me mata de ataque cardíaco, garota. - ele disse colocando a mão no coração. Eu ignorei.
- ME RESPONDE! - falei alto. Helen e Jo vieram correndo por causa dos meus gritos. 
- Responder o que!? - Bobby perguntou.
- Sobre o que realmente aconteceu naquele dia! - gritei novamente.
- Você estava lá, você sabe o que aconteceu! Porque isso agora!? - ele perguntou desesperado. 
- NÃO MINTA PRA MIM, SINGER!!! - gritei, Sam e Dean levantaram das cadeiras e se colocaram entre mim e Bobby.
- Do que você está falando? - Dean perguntou.
- De como meu pai morreu. Bobby e seu pai mentiram pra mim! - gritei, tentando segurar o choro.
- Nós não mentimos! - Bobby disse, vindo até mim com desespero. 
- Vocês disseram que era um demônio qualquer, e que tinham conseguido manda-lo de volta ao inferno! Mas não conseguiram! ERA  ESSE ESTÚPIDO DEMÔNIO COM OLHO AMARELO QUE VOCÊS ESTÃO CAÇANDO, NÃO ERA? - berrei. Bobby ficou calado. 
O silêncio era tudo o que eu precisava. Todos estavam muito perplexos para fazer alguma coisa. Sai em direção a porta. Bobby começou a gritar coisas que eu não fazia questão de entender. 
Bati a porta da casa assim que sai, tudo o que consegui entender foi Bobby dizendo: "Seu pai salvou Jhon!"
Peguei as chaves do meu carro e sai correndo pra o único lugar no mundo que me transmitia paz.
~Sierra narrando OFF~ 

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